João Aroso, treinador adjunto do Vitória, em declarações na flash interview da SportTV1, após a derrota por 1-0 frente ao FC Porto, em jogo da 17.ª jornada da Liga:

«Faltaram algumas coisas. Somos humanos e há coisas que não são fáceis deixar para trás. Sentimos que a equipa ficou desanimada quando sofreu o golo no último lance da primeira parte. Procurámos levantar os jogadores, mas são coisas com as quais é difícil lidar. Na primeira parte fomos competentes do ponto de vista estratégico contra uma equipa muito difícil, muito competitiva e com grande variabilidade no jogo ofensivo. Igualámos o FC Porto a nível de competitividade. Nunca há nada a apontar a esta equipa a esse nível.

Fomos muito competentes na forma como condicionamos a dinâmica à esquerda do FC Porto com o Galeno e à direita com o Otávio por dentro e com o João Mário projetado. Não tivemos ocasiões claras de golo, é verdade. Tivemos um remate do Jota e um lance de canto em que quase marcávamos. Mas o FC Porto não provocou nenhuma defesa ao Varela, além do golo. Isso diz o que foi o jogo.

Tendo de ter mais iniciativa, tivemos mais dificuldades em colocar em jogo a nossa dinâmica ofensiva. Não fomos tão competentes e o quando o FC Porto introduziu o Pepê, com o Otávio a passar para dentro como terceiro médio, tornou tudo mais difícil.

Sentimos que houve muito mérito do adversário, mas também alguma incapacidade nossa para fazer o nosso jogo. Não quero falar de ausências, mas sim do que resultou dessas ausências. Temos muitos médios lesionados. Isto tem que ver com o projeto do Vitória. Faz parte apostar em jovens de qualidade. Queria realçar a forma como o Nogueira, que não se estreou hoje, mas a forma como ele entrou num jogo desta natureza contra um grande adversário como o FC Porto.... 

Tivemos uma série de resultados e estivemos a morder o quarto lugar acho eu. Os adeptos do Vitória, mas não só, todos os agentes desportivos que acompanham a Liga não imaginariam que seria possível fruto das circunstâncias. Acredito que esse início tenha colocado a fasquia demasiado alta. Não estamos preprados para ser tudo aquilo - estamos a trabalhar para isso -, mas de repente também não somos o oposto. Há um trabalho sustentado com qualidade de todo o grupo. O Sérgio diz o que pensa e acho que vale a pena ouvir a resposta dele à sua pergunta [na antevisão à partida]. Estamos a fazer um trabalho sustentado com competência de todo o grupo, mas num clube com esta exigência, temos de ter vitórias.»