A Câmara Municipal de Lisboa (CML) confirmou esta sexta-

feira à agência «Lusa» que vai ter de indemnizar o consórcio construtor do Túnel do Marquês, na sequência de uma decisão do Tribunal Arbitral.

Esta confirmação vem na sequência da notícia avançada pelo «Expresso online» que dava conta de que «a CML perdeu no Tribunal Arbitral e vai ter de indemnizar o consórcio construtor do Túnel do Marquês no montante de 17,8 milhões de euros».

Isso deve-se «em larga medida como forma de compensação dos atrasos induzidos pela providência cautelar interposta por José Sá Fernandes, actual vereador do Bloco de Esquerda na equipa de António Costa», refere o semanário.

A emblemática obra de Pedro Santana Lopes, ex-presidente da autarquia e considerado o «pai» do Túnel do Marquês, «derrapou 40 por cento nos custos e o preço final deverá situar-se nos 27 milhões de euros», de acordo também com o «Expresso online».

Contactado pela agência «Lusa», o assessor de imprensa do gabinete do presidente da CML, Duarte Moral, confirmou a informação veiculada pelo «Expresso», mas adiantou que «não há qualquer comentário a fazer».

Por sua vez, José Sá Fernandes disse que a decisão do Tribunal Arbitral «não tem nada a ver com a providência cautelar», mas com «obras que foram feitas e que provavelmente não estavam contabilizadas» no âmbito da construção do Túnel do Marquês.