Luís Castro procurou refrear os ânimos após a segunda vitória do Shakhar sobre o Real Madrid na Liga dos Campeões. O resultado deixou a equipa ucraniana no segundo lugar do Grupo B à entrada para a última jornada, mas o treinador português lembrou que ainda tudo pode acontecer.

«O nosso grupo é o mais difícil de todos na Champions. Nenhuma das pessoas aqui na sala pensaria que teríamos sete pontos a faltar uma jornada. Este é um grupo extremamente complexo», referiu, lembrando, à hora que falava - antes do B. Monchengladbach-Inter - que o Shakhtar podia apurar-se para os oitavos de final da Liga dos Campeões como acabar o grupo em último e fora da Liga Europa.

«Senti em todos os jogos que estávamos sempre a defrontar das melhores equipas da Europa. O Real Madrid é a equipa que tem mais Champions na Europa e é a equipa que tem mais adeptos no Mundo. É neste cenário que nos encontramos. Vamos para a última jornada com a hipótese de nos apurarmos. Como fomos no ano passado. (...) Tenho a consciência clara de que não ganhámos nada», vincou.

Sobre o jogo, Luís Castro explicou o que esteve na chave de uma segunda parte de nível superior por parte dos ucranianos. «A equipa, tanto na primeira como na segunda parte, defendeu sempre com qualidade. (...) O nosso problema esteve sempre na saída de bola. Estávamos desajustados no nosso posicionamento e rectificámos ao intervalo», analisou.

Recorde-se que o Shakhtar vinha de duas derrotas pesadas diante do Borussia Monchengladbach: primeiro em casa por 6-0 e depois por 4-0 na Alemanha, resultados que deram origem a críticas à equipa. O técnico português garantiu que não foi isso que uniu a equipa para responder desta forma. «O que une a equipa é o trabalho diário. Olhamos para os fracassos como algo para analisarmos, tal como olhamos para as vitórias. Uma derrota nunca me provocará um espírito de vingança e nunca aumentará a minha responsabilidade. Responsabilizo-me todos os dias para fazer bem e preparar a minha equipa para ganhar jogos», concluiu.