É uma novidade que pode vir a fazer com que Portugal regresse ao mapa de visitas das equipas de Fórmula 1.

Sem um Grande Prémio desde 1996, quando o Autódromo Fernanda Pires da Silva recebeu a última prova de F1 no nosso país, eis que Portugal, através do Autódromo Internacional do Algarve (AIA), situado no concelho de Portimão, acaba de receber a homologação grau 1 da FIA o que permite que corridas e testes da categoria rainha do automobilismo ali possam acontecer, a começar logo com os treinos privados de Inverno, em novembro.

Paulo Pinheiro, responsável máximo pela Parkalgar, entidade gestora do autódromo, revelou à agência Lusa que a notícia foi recebida com enorme orgulho: «Já vínhamos tentando desde o ano passado, quando tivemos uma inspeção feita ainda pelo falecido Charlie Whiting e por Eduardo Freitas. As alterações pedidas pela Federação Internacional (FIA) foram feitas e agora recebemos o grau máximo de certificação da FIA», adiantou.

Para novembro está mesmo previsto que o Autódromo Internacional do Algarve receba uma das dez equipas que compõem o pelotão da Fórmula 1: «Já temos o acordo assinado, pelo que, da nossa parte, está tudo pronto.» Quanto ao nome da escuderia, Paulo Pinheiro não quis revelá-lo devido a um acordo de confidencialidade.

Depois desta homologação para grau 1 da FIA o AIA vai candidatar-se a receber em 2021 os testes de Inverno do Campeonato do Mundo de Fórmula 1 que nas últimas temporadas se realizaram em Barcelona, no Circuito da Catalunha, e que, habitualmente, são um primeiro medir de forças entre as equipas.

Para além da disciplina máxima do desporto automóvel os responsáveis do Autódromo Internacional do Algarve piscam igualmente o olho à possibilidade de Portimão receber, pela primeira vez, uma prova do Mundial de MotoGP, categoria onde participa o português Miguel Oliveira, mas só em 2021.

Para este ano Paulo Pinheiro mostra-se muito cético quanto à possibilidade de uma prova destes dois campeonatos se realizar em Portugal, algo praticamente impossível nesta altura. «Vamos ver como evolui a situação da pandemia. A não ser que haja alterações significativas, não vão conseguir cumprir os calendários que têm. Neste momento, há mais corridas do que datas», concluiu o responsável pelo Autódromo Internacional de Algarve.