Célebres e marcantes são as palestras ou as pausas do selecionador nacional de futsal Jorge Braz e a que antecedeu os penáltis da decisão da Finalíssima entra também para os momentos memoráveis de uma seleção que vai fazendo mais e mais história na modalidade.

O bicampeão europeu e campeão mundial conquistou no domingo, em Buenos Aires, o título intercontinental, numa decisão por penáltis que, antes, teve um momento e palavras de motivação e orgulho imperdíveis do técnico nacional.

«Que orgulho do cara***. Nós somos mesmo os melhores. Nós temos a [ndr: taça] do Mundo, porque merecemos. Que orgulho. E é continuar de cabeça aqui [cabeça erguida]. Sabem porquê? Este não perde um jogo nos penáltis», referiu o selecionador nacional, em alusão ao guarda-redes Edu, que joga nos espanhóis do Valdepeñas.

Depois, o técnico pareceu até esquecer-se da ordem dos batedores dos penáltis, mas por fim, com grande emoção, lá lançou a ordem para o culminar de mais um sucesso português. «O resto é Bruno, André, Pany, Paçó e Erick, vais acabar esta m****», disse.

A verdade é que Erick nem precisou de bater o quinto penálti português, porque Edu defendeu o quarto pontapé dos espanhóis – já tinha defendido o segundo – e selou a vitória no desempate, por 4-2, validando as palavras que Braz tinha dito antes.

De resto, basta lembrar outros momentos idênticos de Braz, como na final do Europeu deste ano, entre Portugal e Rússia, quando o treinador disse que «eles estão mais cagados». Ou quando disse, nas meias-finais, ante a Espanha: «Ando há 20 anos a dizer que somos melhores do que eles».