Andre Onana lamentou o facto de não poder continuar a ajudar os Camarões no Mundial 2022 após ter sido afastado da seleção por divergências com o selecionador Rigobert Song.

«Ontem [segunda-feira] não me permitiram estar em campo a ajudar o meu país [3-3 com a Sérvia]. Sempre agi de forma a ajudar a equipa a conseguir êxitos, com bom comportamento», desabafou o atleta do Inter Milão, num comunicado citado pela Lusa.

Song decidiu afastar Onana da partida com a Sévia por questões disciplinares, acrescentando que era necessário existir «respeito e disciplina» já depois de ter sido tornado público a discordância entre ambos quanto à forma de jogar dos guarda-redes.

O guardião gosta de sair a jogar e iniciar os ataques desde trás, contudo o selecionador prefere lançamentos longos, como o fez o substituto Devis Epassy, que alinha na Arábia Saudita, na partida com os sérvios.

«Coloquei todo o meu esforço e energia em encontrar soluções para uma situação que os jogadores de futebol às vezes vivem, mas não houve ajuda da outra parte. Alguns momentos são difíceis de assimilar. No entanto, sempre respeitei as decisões das pessoas quando o comando busca sucesso e conquistas para o nosso país», referiu.

Inicialmente, Rigobert Song deixou em aberto o regresso do jogador ao grupo de trabalho, contudo a federação confirmou, horas depois, a exclusão em definitivo do atleta.

Ainda no Qatar, Onana enviou «força» aos seus companheiros, considerando que os Camarões já demonstraram que pode «ir muito longe» na competição.

«Os valores que promovi sempre foram os que me identificaram e à minha família, desde a minha infância. Representar os Camarões sempre foi um privilégio», atirou.