Perto de 120 imagens de quatro repórteres fotográficos integram o livro «O grande incêndio do Chiado», que é lançado no domingo à tarde, na FNAC Chiado, em Lisboa.

«Fazer a síntese do trabalho de quatro fotógrafos e, ao mesmo tempo, ficar com um documento que é a memória daquele incêndio» foram os objetivos do livro, disse à agência Lusa Alfredo Cunha, um dos autores das fotografias reproduzidas na obra.

Além de Alfredo Cunha ¿ que na altura era repórter fotográfico da agência Lusa -, o livro contém imagens de Fernando Ricardo, então ao serviço da agência Associated Press (AP), e de Rui Ochôa e José Carlos Pratas, fotógrafos do Expresso e da primeira revista Sábado, respetivamente.

A obra será apresentada pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, e é prefaciada por António Valdemar, investigador, presidente da Academia Nacional de Belas Artes e autor do livro «Chiado: o peso da memória».

Para Alfredo Cunha, António Valdemar, que reside naquela zona histórica de Lisboa, é uma pessoa muito bem documentada sobre aquele fogo, deflagrado na madrugada de 25 de agosto de 1988, nos Armazéns Grandella, na rua do Carmo.

A ideia de fazer um livro com imagens do incêndio partiu de Alfredo Cunha, que chegou a projetá-lo para a passagem dos 20 anos sobre os acontecimentos, embora não com a mesma equipa de fotógrafos que agora se juntou. Foi uma ideia que então transmitiu ao vereador da Proteção Civil, Educação e Desporto da Câmara Municipal de Lisboa, Manuel de Brito, indicou.

«Agora ele devolveu-me a proposta e realizámos um sonho que tínhamos há muito tempo e que era fundamental realizar, porque todos temos coisas diferentes», observou.

A título de curiosidade, Alfredo Cunha destacou o facto de o livro ser feito com imagens de dois repórteres fotográficos de agências e outros dois de semanários, e «manter uma coerência estética e gráfica que até parece ser uma obra de uma só pessoa».

Alfredo Cunha fez questão de agradecer à agência Lusa, por esta lhe ter disponibilizado o arquivo fotográfico das imagens que captou durante a cobertura do incêndio, sem o qual não conseguia editar o livro.

Entre outra iniciativas que assinalam os 25 anos do incêndio no Chiado, conta-se uma exposição no Museu do Bombeiro, em Benfica.

A mostra integra cerca de 120 fotografias, com uma dimensão média de 0,50x0,60 metros, sendo algumas de maior dimensão, podendo atingir os 1,20 metros, acrescentou Alfredo Cunha.

LUSA