A crise nos mercados financeiros foi esta quinta-feira ainda mais longe nos Estados Unidos: o Dow Jones fechou a perder 7,33 por cento, a maior queda em percentagem desde 1987.

O índice fechou abaixo dos 9 mil pontos, ou seja nos 8.579,19 pontos, facto que não se sucedia há cinco anos.

Recorde-se que, no dia 11 de Setembro de 2001, o Dow Jones havia tombado 7,25%.

O Nasdaq também teve uma perda de peso ao cair 4,17% para os 1.275,10 pontos.

Este é mais um sinal de que os mercados financeiros continuam muito voláteis e é uma reacção às ameaças de recessão, esta quinta-feira novamente previstas quer pelo Fundo Monetário Interncional (FMI), que espera uma «recessão internacional», quer pelo comissário europeu dos Assuntos Económicos, Joaquin Almunia, que considerou que «o risco de recessão deverá tornar-se o cenário central» tanto nos EUA como na Europa.

Esperam-se mais bancos na falência

A ruptura na bolsa, que foi seguida pelas praças europeias (excepto o PSI20 que conseguiu valorizar 0,87%), surge um dia depois da descida concertada das taxas de juro que diversos bancos centrais, incluindo a Reserva Federal norte-americana e o Banco Central Europeu, decidiram para acalmar a turbulência.

A explicação para esta derrapagem é, para o economista contactado pela agência «Reuters», Bruce Zaro, resultado da «crise de confiança».

«Sinto que vamos ter manchetes fortes por algum tempo, incluindo a queda de mais alguns bancos», acrescentou, referindo-se à reacção contrária do mercado perante os esforços das autoridades do sector financeiro para inverter a situação.