Vinte minutos finais de decisões e um apuramento sofrido para o FC Porto.

Um golo de Malang Sarr e outro de Luis Díaz permitiram aos dragões carimbar a quarta presença consecutiva na «final four» da Taça da Liga, às custas de um Paços de Ferreira que vendeu cara a derrota, após a eliminação da Taça de Portugal.

Foi um jogo de emoção e indecisão até final. Sarr abriu a contagem ao minuto 73, Luis Díaz dobrou aos 80, mas Adriano Castanheira nem deu tempo para o campeão nacional respirar com o 2-1 no lance seguinte.

A equipa de Sérgio Conceição juntou-se ao Sporting no passaporte para Leiria, fê-lo no dia de regresso de Pepe quase dois meses depois, mas também com nova preocupação com o capitão: saiu tocado com 1-0 no marcador, após um choque de cabeça com Toni Martínez.

Se há Díaz em que é preciso evitar Sar(r)ilhos, este foi um deles para o FC Porto.

Bateu-se com um Paços que é das boas equipas a jogar futebol em Portugal. Seja qual for o adversário. Isso não aconteceu em Alvalade, mas os bons indicadores deixados na Luz voltaram a aparecer. Incomodaram o dragão. Foi olhos nos olhos e o 2-0 quase virou 2-2.

Valeu ao FC Porto um Díaz endiabrado, numa noite de má sentença para Felipe Anderson: foi uma das sete novidades no onze em relação ao Tondela, um dos que tem menos minutos a ser lançado na Taça da Liga, mas saiu ao intervalo após uma exibição fraca. A energia dada por Otávio, que rendeu o compatriota ao intervalo, foi depois notória.

Esta troca aconteceu após uma primeira parte em que, jogo espremido, houve uma clara ocasião para os dois lados. Toni Martínez foi o homem mais perdulário do jogo e não aproveitou várias vezes o que de bom Corona ou Díaz lhe deram na área.

Do colombiano surgiu, ao minuto quatro, o lance mais perigoso até ao descanso: valeu Jordi e uma intervenção eficaz. A resposta, perante um FC Porto mais rematador e de posse com olho na baliza, surgiu ao minuto 34 e dos pés de João Amaral, numa das melhores jogadas coletivas do jogo. O remate passou a centímetros da baliza.

A segunda parte começou a todo o gás, com avisos de Maracás, João Amaral e Uribe, a sublinharem que havia duas equipas em jogo. A seguir, o génio de Corona quase deu o golo a Luis Díaz, Toni Martínez cabeceou ao ferro. O FC Porto estava melhor, mas foi preciso esperar.

Depois de uma bola lançada para a área, Pepe tocou de cabeça nas alturas, Jordi socou a bola, mas para zona perigosa: Malang Sarr encontrou a redondinha solta na área e rematou para o 1-0 e estreia a marcar de dragão ao peito.

O 2-0, após cruzamento de Nanu para Luis Díaz - merecia o golo - finalizar na zona de penálti, parecia dar tranquilidade. Parecia, porque o Paços reduziu a seguir por Adriano Castanheira - Diogo Costa não viu a bola partir e foi mal batido - e acabou em cima do FC Porto.

Taremi marcou mas estava adiantado e foi já na compensação que Eustáquio viu o poste negar a cabeçada para o 2-2. Negado foi também um possível canto no último lance, que levou Pepa e vários elementos do Paços a pedirem explicações a António Nobre.