A posição é assumida no editorial do último número do Avante!, órgão oficial do PCP, que dedica várias páginas aos 87 anos do partido e à preparação XVIII Congresso Nacional, marcado para 29 e 30 de Novembro e 1 de Dezembro no novo espaço/multiusos Campo Pequeno, em Lisboa.
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O congresso, lê-se no editorial do Avante!, será uma «resposta à política do Governo PS/Sócrates - o que mais avançou na ofensiva contra o regime democrático de Abril».
Na resolução do Comité Central do PCP, de domingo e segunda-feira, publicada no jornal, a situação política nacional é caracterizada por «um agravamento dos problemas da economia, pela intensificação da exploração, (...) pela limitação das liberdades democráticas e pela descaracterização do regime democrático-constitucional».
Tanto o secretário-geral do partido, Jerónimo de Sousa, como o Comité Central fazem uma avaliação negativa do executivo socialista de José Sócrates, que acusam de actuar «ao serviço dos grandes grupos e económicos» e de ter uma prática de «autoritarismo e arrogância perante os trabalhadores e população».
PCP tem quase 59 mil militantes
Entretanto, o PCP divulgou que tem actualmente 58.928 militantes, além de mais de 44 mil inscritos cuja situação «não está resolvida», de acordo com dados do Comité Central publicado no Avante!.
O processo de verificação foi iniciado há mais de seis anos e as previsões eram que o número atingisse os «75 mil a 80 mil» filiados.
Em 2004, ano do congresso que elegeu Jerónimo de Sousa, um balanço provisório da actualização de ficheiros do PCP apontava para a perda de cerca de 50 mil inscritos, mas revelava um aumento da militância activa.
Em 2000, o número oficial de inscritos era de 131 mil, mas este número não correspondia já na altura à situação real do PCP, cujos militantes com «ligação e contacto ao partido» ascendiam apenas aos 69 mil.
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