O presidente da Agência Portuguesa para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Basílio Horta, comparou a crise internacional a um «abalo de terra» contra o qual não se vislumbram soluções.
«É uma crise gravíssima, quase como um abalo de terra, que está a gerar uma angústia profunda, porque não sabemos o que havemos de fazer mais», disse Basílio Horta no Porto, citado pela agência Lusa, à margem de uma conferência sobre as relações económicas Portugal-Angola.
Para Basílio Horta, «a crise é tão grave que é quase uma emergência», sendo necessário uma «solidariedade nacional» e um «consenso nacional» para a enfrentar, deixando de lado as diferenças partidárias.
«Esta crise só se vai resolver com os Estados Unidos, a China, a Europa e os países produtores de petróleo. Agora é a época das ideias, dos projectos, da política», afirmou.
Critica política de dupla tributação
Além disso, o presidente da Agência Portuguesa para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), criticou ainda a ausência de acordos entre Portugal e Angola sobre vistos e dupla tributação.
«Não se percebe porque é que ainda não está feita a convenção sobre dupla tributação», disse Basílio Horta, no Porto, à margem de uma conferência sobre as relações económicas Portugal/Angola.
Basílio Horta lamentou também a demora das autoridades angolanas na emissão de vistos para os portugueses que querem visitar Angola.
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