No entanto, já em 2009, o estudo encomendado pela Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED) refere que pode haver um crescimento de 3.500 novos postos de trabalho no sector alimentar e 1.300 no sector não alimentar.
Entre 1996 e 2004, o emprego do comércio e do retalho cresceu a uma média anual de 0,69 por cento. Já nos últimos três anos, houve um crescimento de 1,7% para 782,6 mil pessoas. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística, do último trimestre de 2007 para o primeiro deste ano, houve uma aceleração neste crescimento, na ordem dos 2,4%, ou seja dos 757 mil postos para os 783 mil pessoas.
Segundo a análise, realizada pela consultora Roland Berger Strategy Consultants, a previsão implica que, dos 2.500 milhões estimados de mais-valias para a economia nacional, mil milhões terão origem na área alimentar e os restantes 1.500 milhões na não alimentar.
O estudo estima ainda que os investimentos associados ao alargamento de horários representarão 350 milhões de euros, a criação de emprego directo e indirecto gerará 500 e 150 milhões, respectivamente, enquanto ao nível das receitas fiscais se espera um crescimento de 1.600 milhões de euros.
Mais de metade prefere comprar no fim-de-semana à tarde
A maioria dos consumidores portugueses (66 por cento) concorda com a abertura das lojas aos domingos à tarde e aos feriados, refere a mesma pesquisa, sendo que mais de 80% dos jovens inquiridos subscreve o alargamento.
Além disso, mais de metade dos portugueses prefere realizar compras ao fim-de-semana, em especial à tarde.
«A APED defende e defenderá o alargamento da concorrência e dos mercados», disse o vice-presidente da APED, Luís Vicente Dias, em conferência de imprensa, esta terça-feira.
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