Os pilotos da PGA decidiram intensificar o confronto com a administração da empresa, reivindicando a adopção de um regulamento de utilização «responsável e seguro», que inclua «tempos de repouso, folgas, férias e tempos máximos de trabalho que reduzam os riscos operacionais associados à fadiga acumulada».
De acordo com uma nota do Sindicato dos Pilotos de Aviação Civil (SPAC), «as paralisações na PGA vão manter-se porque os pilotos não podem abdicar daquela que é a sua principal missão: a segurança de voo».
Contra «indiferença» do Grupo TAP
O presidente do SPAC, Hélder Silva, afirma também que o sindicato está preocupado com «a indiferença da administração do Grupo TAP face à situação de desgaste a que os Pilotos da PGA estão sujeitos».
Para o mesmo responsável, a administração da TAP, liderada por Fernando Pinto, parece ter apenas «um único peso e uma única medida: explorar até à exaustão os pilotos», que «não deveriam voar sistematicamente nos limites máximos».
Em declarações à Lusa, a porta-voz da TAP Isabel Palma disse que a transportadora aérea «vai fazer tudo ao seu alcance para minimizar efeitos da greve sobre os passageiros».
Para terça-feira, disse, estão agendados 52 voos da PGA, com um total de reservas de pelo menos 3.500 passageiros.
«Até ao momento não está cancelado qualquer voo, mas só amanhã [terça-feira] se verá. Se for como no sábado passado deverá ficar pelos 50-50», disse a mesma fonte, acrescentando que apesar dos cancelamentos de voos da PGA «nenhum passageiro ficou sem transporte».
Os passageiros dos voos da PGA cancelados foram transportados em aparelhos da frota da TAP e, em alguns casos, noutros horários.
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