Em reacção à tese defendida em Bruxelas, esta quarta-feira, pelo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, de que deve existir um limite nos salários dos gestores, Belmiro de Azevedo diz que o Governo apenas pode condicionar a acção das empresas privadas «através dos impostos».
«Este não é o negócio deles (Governo)», disse o «chairman» do grupo Sonae aos jornalistas, à saída da conferência «Portugal em Exame», que a revista «Exame» organizou esta quarta-feira no Estoril.
O gestor lembrou ainda que, estando a viver-se numa economia livre e aberta, «os gestores que se considerarem mal pagos podem bater com a porta».
De acordo com Belmiro de Azevedo, os critérios de avaliação de um gestor numa empresa privada são a qualidade interna e o respeito pelo mérito.
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