Depois das sessões muito negativas dos últimos dias, o PSI20 respirou finalmente de alívio e conseguiu fechar a sessão desta quinta-feira com um ganho de 0,87 por cento. No entanto, esteve a ganhar mais de 2% durante a tarde, mas as pressões internacionais impossibilitaram ganhos maiores.

O dia voltou a ser de perdas para as restantes praças europeias, com descidas entre o 1 por cento e os 3 e meio por cento de Madrid, com o IBEX já abaixo dos 10 mil pontos. O IBEX caiu 3,83%, o CAC 1,55%, o DAX 2,53% e o FTSE 1,21%.

As previsões de recessão mundial e a escalada da Euribor estão a confundir os investidores e a retrair a confiança nos mercados financeiros.

Por cá, a Sonae SGPS liderou os ganhos, valorizando 6,67%, para os 0,45 euros, logo seguida da Brisa que cresceu 6,43% para os 6,46 euros. A concessionária reforçou a posição no seu capital, ao comprar 460 mil acções próprias, numa medida elogiada pelos analistas.

Galp cresce mais de 4,5%

Em alta esteve ainda a Galp Energia, que somou 4,61% para os 9,10 euros. Neste sector, destaque para as notas positivas da EDP, que cresceu 1,19% para os 2,30 euros, e para a REN, que fecha em saldo positivo no dia em que o Governo atribuiu a concessão à empresa de José Penedos na exploração do projecto piloto de energia das ondas. As acções da REN valorizaram 0,68% para os 2,36 euros.

Na banca, só o BES fechou com ganhos, ao trepar 3,33%, até aos 8,37 euros, enquanto os títulos do BCP continuam abaixo de 1 euro, com nova descida de 0,51% para os 98 cêntimos. Já as acções do BPI tombaram 2,39% para os 1,84 euros.

Nas telecomunicações, a PT desceu 1,93% para os 5,98 euros, enquanto a Zon somou 0,56% até aos 4,12 euros.

Num dia em que os cenários de recessão internacional voltaram a estar nas previsões dos próximos tempos, nomeadamente do FMI e do comissário europeu para os Assuntos Económicos, os mercados nos Estados Unidos seguem em tendência mista: o Dow Jones está a perder 1,18%, enquanto o Nasdaq valoriza 1,73%.