De acordo com a agência «Lusa», a ANTRAM «considera que segunda-feira será um dia de trabalho normal».
A maioria dos presentes na reunião deste sábado aprovou uma paralisação nacional a partir de dia 9, com piquetes de greve, posição que não mereceu a concordância da direcção da ANTRAM, que irá reunir-se ainda esta noite para debater as consequências desta decisão.
No comunicado divulgado ao início da noite, a direcção da ANTRAM anuncia que «não está de acordo com a declaração de manifestações hoje tomada na Batalha em reunião onde estiveram presentes associados e não associados».
Utilidade pública acima de tudo
A estrutura justifica a sua posição argumentando que é uma «entidade de utilidade pública» e por estar actualmente em «negociações com o Governo que ainda não estão esgotadas».
A ANTRAM afirma esperar que «o Governo encontre as devidas soluções, durante a próxima semana, tal como lhe foi proposto» pela associação.
No entanto, alerta que, «face à gravidade da situação» e «tal como foi oportunamente comunicado ao Governo, caso não sejam encontradas as soluções esperadas», a ANTRAM admite «alterar esta posição».
Na quinta-feira, a ANTRAM reivindicou a harmonização fiscal com Espanha, argumentando que o preço dos combustíveis, antes de impostos (IVA e ISP-Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos), é 20 por cento mais caro em Portugal.
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