O erro mais comum dos portugueses que contraem créditos é o contínuo endividamento até a um ponto em que já não conseguem dar resposta. A opinião é do presidente da Associação Portuguesa de Consultores de Crédito (APCC), Manuel Rodriguez, na apresentação oficial da mesma.

«As pessoas vão endividando-se aos poucos com pequenos montantes até ao ponto em que a sua capacidade de resposta não é suficiente», referiu à margem de uma conferência de imprensa, esta quarta-feira.

Para o responsável, há sinais de crise evidentes das famílias portuguesas, mas acredita que a conjuntura mundial «é um ciclo que passará».

Quanto a instituições de crédito que sejam menos honestas no país, Manuel Rodriguez diz não ter conhecimento e sublinha que o objectivo da associação é precisamente «prevenir» esse tipo de situação.

Fazendo um enquadramento do sector em Portugal, o presidente da APCC comentou ainda que a banca por Internet, «possivelmente por factores sociológicos, não cumpriu as expectativas depositadas». «Actualmente, salvo excepções, é utilizado um sistema mais transaccional que comercial», acrescenta.