A conversão dos supermercados Feira Nova em Pingo Doce, anunciada no início deste ano pelo Grupo Jerónimo Martins e que já se iniciou nos primeiros seis meses deste ano, vai demorar até ao final de 2009 a ficar concluída.

O prazo foi avançado por fonte oficial da empresa à Agência Financeira e aponta para um adiamento do término do processo que envolve 37 estabelecimentos (e que estava inicialmente previsto para até Junho deste ano). A Jerónimo Martins iniciou a mudança de lojas compactas da Feira Nova, estando já uma a funcionar sobre nova designação desde Abril. Apesar de ser prematuro avançar com resultados, a empresa refere já «sinais positivos» com a mudança de imagem para Pingo Doce.

No documento de apresentação de resultados semestrais, o grupo sublinhou igualmente que na segunda metade de 2008 «espera-se a conversão de mais três lojas».

Recorde-se que dos 46 Feira Nova existentes no final do ano passado, apenas nove (os de maior dimensão) vão manter a designação. A conversão dos 37 estabelecimentos custará aproximadamente 37 milhões de euros, segundo as estimativas apresentadas pela Jerónimo Martins no final de Fevereiro.

Nos primeiros seis meses deste ano, a Jerónimo Martins apresentou lucros de 64,9 milhões de euros, ou seja mais 55,5% do que no período homólogo, valor que representa um resultado por acção de 0,1 euros, e acima do previsto pelos analistas.

Em reacção a esta «performance», o presidente da empresa, Alexandre Soares dos Santos, já veio dizer que espera que as vendas do grupo ultrapassem o patamar dos sete mil milhões euros este ano, valor que representa uma valorização de 40% face a 2007.