«Em largas áreas de Portugal, as tarifas terão de conhecer aumentos significativos. Só num conjunto muito pequeno de municípios é que a tarifa se aproxima do valor real», disse Carlos Martins à agência «Lusa» à margem do encontro «A Gestão dos Sistemas de Água em Baixa-Gestão Directa Municipal/Parcerias Público-Privadas/Concessões», que decorreu em Coimbra.
Consumidores «acham tarifa cara»
Na perspectiva do presidente da APDA, os consumidores, «do ponto de vista da cultura e do valor que atribuem à água, não estão muito preparados» para estes aumentos.
«As entidades gestoras deverão promover acções de informação para que seja dado o devido valor à prestação do serviço», adiantou, ao defender «uma grande campanha de sensibilização para a importância, valor e qualidade da água».
Segundo Carlos Martins, «os consumidores acham cara a tarifa, mas consomem água engarrafada, que é muito mais dispendiosa».
O presidente do grupo Águas de Portugal, Pedro Serra, considerou que «problemas como a ausência de infra-estruturas e a cobrança de tarifas que não cobrem minimamente o custo dos serviços têm de ser resolvidos no respeito pela autonomia das autarquias, das regras da concorrência e dos clientes».
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