PORTUGAL
O mercado imobiliário nacional registou uma performance superior ao mercado de acções em 2008, que teve retornos negativos de 49,6 por cento de acordo com o Índice PSI20.
Ainda assim esteve abaixo das obrigações, que devolveram retornos de 3,6%, medidas pelo Índice de Retorno das Obrigações do Tesouro com maturidade de 7-10 anos publicado pela JP Morgan, divulga o Índice IPD|Imométrica de Investimento Imobiliário.
O retalho, que se afirmou como o sector com melhor performance ao longo dos últimos oito anos, apresentou, em 2008, o retorno mais baixo entre os segmentos contemplados no Índice, devolvendo apenas 0,8% aos investidores, comparando com os 14,8% de 2007.
Imobiliário industrial chega a 8,4 mil milhões a nível europeu
Em contrapartida, os escritórios devolveram 4,7% e o segmento industrial, que se destacou como o de melhor performance anual, alcançou um retorno de 4,9%.
Motivado pela subida das
yields, o declínio na componente de valorização do capital (de menos 3,3%) marcou os três principais segmentos, sendo o principal factor a contribuir para a performance global do imobiliário nacional em 2008.
As quedas mais acentuadas fizeram sentir-se no imobiliário de retalho, onde a valorização de capital desceu para menos 5,1%, enquanto que, nos escritórios e no industrial, essa componente se cifrou nos de menos 1% e menos 1,5%, respectivamente.
Valores das rendas caíram para números negativos
A componente de retorno das rendas em 2008, de 6,1%, foi nivelada com os resultados registados em 2007, mantendo-se positiva em todos os sectores e garantindo que os retornos totais se mantivessem positivos no global do mercado.
Contudo, os valores das rendas caíram para números negativos quer no imobiliário de escritórios quer de industrial, ambos com quedas de menos 1,3%, enquanto que, no mercado de retalho se assistiu a um crescimento desta componente (1,9%). As
yields iniciais do total do imobiliário cresceram 30 pontos base durante 2008, encerrando o ano nos 6,0%.
Os retornos totais a longo prazo permaneceram fortes, com o imobiliário a devolver 8,9%, 9,5% e 10,5%, a 3, 5 e 9 anos, respectivamente.
