Embora já não estejam abertas a novas subscrições, os produtos de mais de 700 mil portugueses vão render, este mês, apenas 2,6 por cento, muito longe dos 3,72% de Janeiro. A descida das Euribor explica parte da quebra. Mas o factor decisivo foi a decisão do Governo de mudar a fórmula de cálculo destes certificados de aforro, baixando-a de 80% para 60% das taxas Euribor.
Em Agosto de 2005, a última vez que a taxa esteve abaixo dos 2,60% (2,52%), o Governo havia descido a fórmula de 94% para 80%. O valor fixado para este mês está apenas ligeiramente acima da inflação de 2007, que se fixou em 2,5%. Só quem já estiver a beneficiar do prémio de permanência-2% ao fim de quatro anos-é que estará a poupar claramente acima do aumento do custo de vida.
De acordo com o mesmo jornal, nos outros casos, os novos certificados de aforro-série C-, criados pelo Governo no mês passado, são mais competitivos. As subscrições feitas em Fevereiro rendem 3,48%, ainda assim uma quebra face aos 3,89% de Janeiro. No entanto, no caso desta nova série, o prémio de permanência só atinge o máximo ao fim de nove anos (2,5%). E, nesse momento, dá-se o reembolso total, não permitindo a acumulação do prémio como está previsto, actualmente, nas séries A e B.
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