A bolsa de Lisboa encerrou esta quinta-feira em queda, devido às pressões da energia, PT e Cimpor, ao contrário das restantes praças europeias, onde os ganhos variaram entre os 0,58% e os 2,93%.

O PSI20 caiu 0,29% para 7.172,05 pontos. A cimenteira liderou as descidas, ao recuar 2,09% para 5,16 euros, apesar da valorização dos últimos meses, que a coloca como uma das seis empresas mais valiosas do índice. A Cimpor esteve a reagir a outra notícia, que dá conta de uma previsão de queda do consumo de cimento, na ordem dos 30 a 35%, no mercado espanhol, onde está muito presente.

Também em forte queda, de 2,07%, esteve a PT, que agora cota nos 7,10 euros. A PT acompanhou a queda do sector um pouco por toda a Europa depois de a finlandesa Nokia ter revisto em baixa as suas estimativas, mas também ao facto de as autoridades brasileiras terem decidido que a espanhola Telefónica, com quem a PT detém a Vivo no Brasil, já não terá de lançar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a TIM Brasil. Assim, a Telefónica também já não terá de vender a sua posição na Vivo, um negócio que era considerado positivo para a PT.

Notas negativas ainda para a energia, onde a EDP Renováveis desceu 1,53% para 7,11 euros, penalizada pelos dados provisionais que divulgou esta manhã e que ficaram abaixo do esperado pelos analistas. A EDP também cedeu 1,24% para 2,79 euros e a Galp recuou 0,42% para 9,35 euros.

No terreno positivo, o destaque vai para a banca, que acompanhou o optimismo deste sector, a nível internacional. O BCP liderou, ao ganhar 2,37% para 0,73 euros e o BES, que mantém o bom comportamento das últimas sessões, avançou 2,21% para 4,40 euros.

O optimismo financeiro teve origem nos resultados apresentados pelo norte-americano JP Morgan Chase, que cresceram 36% no segundo trimestre, face ao homólogo, para 2,7 mil milhões de dólares. O valor ultrapassou o estimado pelos analistas. Em Wall Street, no entanto, os mercados norte-americanos seguem mistos e pouco animados, com o Dow Jones a ceder 0,03% e o Nasdaq a subir 0,35%.

Tudo porque os receios de falência do Citigroup estão a ensombrar o sentimento. O banco anunciou que falharam as negociações com as autoridades dos EUA com vista a um plano de resgate e as suas acções chegaram a cair mais de 70%.