As empresas nacionais ainda não estão a aproveitar o potencial económico dos mercados emergentes, nomeadamente os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China).

De acordo com os dados revelados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), uma análise das trocas comerciais de bens com este grupo de países aponta para o facto destes ainda não serem uma oportunidade confirmada na diversificação dos mercados de destino das exportações nacionais.

Neste tópico, apenas se denota «um crescimento e um peso significativo em termos das importações», revela o INE.

Combustíveis, máquinas e produtos agrícolas

Na evolução homóloga das importações com origem nos BRIC, entre Janeiro de 2007 e Março de 2008, a tendência foi de crescimento.

«A partir de Julho de 2007, as importações dos BRIC registaram acréscimos em termos homólogos e um maior dinamismo do que a globalidade do Comércio Extracomunitário (excluindo apenas Dezembro de 2007 e Março de 2008)», revela ainda a referida análise.

Deste modo, em 2007 a entrada de bens originários dos BRIC atingiu um crescimento homólogo de 15,6% e de 34,9% no 1º trimestre de 2008.

Já nas exportações, enquanto que nos primeiros meses do ano passado se observaram crescimentos positivos, entre Junho de 2007 e Dezembro de 2007 registaram-se decréscimos (excepto em Julho e Setembro).

Em 2008, a evolução de crescimento verificada em Janeiro e Fevereiro foi contrariada pela variação homóloga negativa

observada em Março. Em 2007 atingiram uma variação homóloga de apenas 1,5% e 4,7% no 1º trimestre deste ano.

No que respeita aos bens transaccionados com as economias emergentes, os combustíveis minerais e os produtos agrícolas foram os mais importados em 2007, concentrando 42,3% das importações.

Quanto às exportações, as máquinas e aparelhos e os produtos agrícolas representaram 45,6% da saída de bens destinados aos países BRIC em 2007 e 46,3% no 1º trimestre de 2008.