A Feira tinha cerca de 7 mil empregos disponíveis, dos quais 3 mil respeitavam às Forças Armadas. Os outros quatro mil distribuíam-se por empresas das mais variadas áreas, incluindo uma transportadora aérea que procurava hospedeiras e comissários de bordo.
Havia também ofertas de um banco para consultores financeiros, procuravam-se advogados, engenheiros, economistas e até psicólogos.
Call centers e análise e recuperação de crédito em força
Uma presença já esperada, e em força, coube às áreas de prestação de serviços e áreas comerciais, com os call centers e os contact centers em destaque, mas também com o sector financeiro, que procurava analistas de crédito e consultores de recuperação de activos.
O responsável da Jobfair, João Costa, faz um balanço positivo do evento, considerando que o mesmo «correu muito bem, como seria de esperar nesta altura de crise». A organização notou que, nesta edição da Feira, «apareceram mais desempregados, e mais jovens. Tivemos casos de famílias jovens, em que os dois cônjuges estavam no desemprego», conta em declarações à Agência Financeira.
Cursos de faculdades de referência e experiência não servem de muito
«Antes eram sobretudo recém-licenciados e pessoas com baixa formação que procuravam a Feira, agora aparecem muitos licenciados, quadros intermédios, pessoas com alguma experiência e inclusivamente com cursos de faculdades de referência. São cada vez mais jovens e com mais habilitações».
De acordo com os dados da Jobfair, a grande maioria dos visitantes (70 a 80%) tem idades compreendidas entre os 25 e os 35 anos.
Normalmente, cerca de 20% dos visitantes das Feiras conseguem emprego, ou seja, é praticamente preenchida a totalidade das vagas disponíveis. «Mesmo as pessoas que não conseguem colocação, não perderam o seu tempo. As empresas ficam com os seus Curricula nas bases de dados, e mais tarde, se surgir uma oportunidade, podem ser chamadas».
Mil vagas diziam respeito ao mercado angolano
Das vagas apresentadas na Feira, 1.500 reportavam ao mercado africano, a grande maioria (1.000) dizia respeito a Angola.
«Temos continuamente em aberto processos de recrutamento para o mercado angolano. Estas vagas destinam-se sobretudo a africanos que queiram voltar ao seu país de origem, com formação entretanto adquirida cá. Só quando não existem africanos que preencham os requisitos é que mandamos portugueses», explica João Costa à AF.
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