O ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, considerou esta segunda-feira que Portugal errou ao não ter apostado tanto quanto deveria na produção de energia a partir das barragens.

Segundo Manuel Pinho,«Portugal explora pouco mais de 40 por cento do seu potencial hídrico, quando a média europeia é um pouco acima dos 70 por cento», avança a «Lusa».

«Não estar-mos a dar ao hídrico a importância que merece é a mesma coisa que a Argélia recusar-se a explorar o seu gás ou a Venezuela o seu petróleo», acrescentou.

Pinho falava na sessão de encerramento de uma reunião sobre «Energia e Desenvolvimento Sustentável - O Papel da Região Centro», que decorreu durante hoje em Viseu.

Manuel Pinho relembrou que, em Portugal, «está em curso o maior programa de grande hídrica em todo o mundo», com a construção de 10 novas barragens e o reforço de potência em outras oito.

O ministro realçou o excelente trabalho que as universidades estão a desenvolver nesta área, inclusive na região centro, nomeadamente as Universidades de Coimbra, Aveiro e Beira Interior.

Considerou ainda que Portugal é um caso especial no que toca «a forma criativa e inovadora com que tentam resolver as questões do ambiente e da energia».

Nesta ocasião, o ministro da Economia e Inovação anunciou também que vai ser criado um pólo de continuidade em torno da energia na região centro, que se justifica «pela competência criada no sector da energia, pela importância que o sector tomou e por todo o trabalho feito».

Manuel Pinho referiu ainda que Portugal «é o quinto país da Europa e, porventura do mundo, nas energias renováveis».

«Em 2006 fomos o único país em toda a Europa e, em 2007 o segundo, que mais instalou capacidade eólica», disse.