O presidente do conselho de administração da Sonae criticou, no jantar dos 25 anos da Associação Portuguesa de Centros Comerciais, em Lisboa, o comportamento dos funcionários da fábrica de Palmela, enfatizando a subida do desemprego.
«Numa altura em que há falta de emprego, as pessoas ainda têm uma exigência estranha. Quando há tanta gente a querer qualquer emprego, as pessoas não querem trabalhar ao sábado, não aceitam o princípio do número de horas anual. E depois não é como decidir este tipo de questões em Portugal. Porque se a administração da Volkswagen decidir fechar, fecha amanhã e depois logo se vê», afirmou.
Citado pela Antena 1, Belmiro de Azevedo aconselhou ainda os portugueses a habituarem-se à ideia de mobilidade e a mudarem à medida que puderem aproveitar as oportunidades.
Quanto às empresas, aconselha-as a servirem-se da banca com cautela e aos bancos, a não emprestarem dinheiro a quem não tem bons projectos e a quem tem a tradição de não pagar.
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