Numa nota de esclarecimento do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, esclarece-se que o referido pacote inclui a construção de 1.316 quilómetros de novas estradas, das quais 612 quilómetros (43%) são auto-estradas.
«O custo global das concessões rodoviárias apresentado nas propostas já disponíveis inclui a construção da infra-estrutura, a aquisição de equipamentos, o custo de financiamento e os custo de operação e conservação durante os 30 anos de vida das concessões. Esse custo está em linha com as estimativas iniciais da Estradas de Portugal», refere em comunicado.
O Governo rejeita assim a notícia avançada esta segunda-feira pelo jornal «Público», com o título «Auto-estradas implicam mais investimento do que o anunciado», que avança que as propostas das construtoras excedem o investimento previsto. No artigo, lê-se que «se somarmos os valores de investimento anunciado pelo Governo para estas seis subconcessões, verificamos que foi estimado um investimento de 1.810 milhões de euros. Se somarmos as propostas mais baixas das concorrentes, vemos que, no mínimo, o custo de construção atinge os 2.578 milhões».
O ministério dirigido por Mário Lino acrescenta ainda que «o custo de investimento inicial divulgado pelo Governo é necessariamente diferente do apresentado hoje pelo Público já que o jornal, além do valor indicativo de construção, incorpora nas suas contas o custo dos equipamentos e das expropriações, entre outras componentes».
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