O director executivo da Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecção (ANIVEC/APIV) afirmou que os empresários «estão em situação de alarme» e alertou que a paralisação dos transportadores «pode afectar irremediavelmente muitas empresas nacionais», avança a «Lusa».
«Trata-se de um sector onde a imensa maioria das empresas é exportadora e trabalha just in time, pelo que a satisfação das encomendas só faz sentido se chegarem dentro dos prazos acordados. Ao não acontecerem as entregas, elas podem ser canceladas ou substituídas por outras», afirmou Alexandre Pinheiro.
Dependência das matérias-primas
Segundo salientou, depois das muitas dificuldades sentidas pelo sector têxtil e vestuário português para enfrentar a globalização, esta situação «pode deitar tudo a perder».
Adicionalmente, referiu, a paralisação dos transportadores «pode ter rapidamente um efeito dominó de consequências catastróficas», dada a «quase total» dependência do sector da importação de matérias-primas.
«A não entrada das matérias-primas nas unidades industriais levará necessariamente à paragem da produção. E, não sendo efectuado o regular escoamento do produto acabado, as empresas deparar-se-ão de imediato com insuperáveis dificuldades financeiras», explicou.
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