Em declarações à agência «Lusa», fonte oficial da Jerónimo Martins disse que se «mantém a situação desde a manhã e quase toda a frota de 400 camiões do grupo está a ser afectada».
«Se a liberdade de circulação não for restabelecida, as lojas da Jerónimo Martins poderão apresentar algumas falhas de abastecimento, principalmente de produtos frescos, a partir de terça-feira», salientou a fonte.
A Jerónimo Martins tem cerca de 400 lojas, 290 das quais supermercados Pingo Doce.
«É lamentável a falta de autoridade e complacência da GNR em alguns pontos do país, onde os motoristas são ameaçados na sua integridade física», defendeu a fonte do grupo, acrescentando que «não se compreende que num Estado de direito haja este atentado à liberdade dos cidadãos».
No final da manhã, tanto Os Mosqueteiros, como a Auchan, disseram à agência «Lusa» que os hiper e supermercados das suas insígnias apresentavam um funcionamento normal, sem problemas de armazenamento.
Os transportadores rodoviários iniciaram acções de protesto por todo o país, depois de uma reunião do sector realizada sábado, na Batalha, à margem da Associação Nacional de Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), cuja direcção rejeitou a paralisação defendida pela maioria dos participantes no plenário e manteve as negociações com o Governo.
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