«Há um terrorismo de argumentação. Não há resíduos tão bem tratados como os do nuclear, além de não serem perigosos. Não é crível que países como a Finlândia, a Coreia do Sul tivessem centrais sem ter esse problema resolvido», referiu o mesmo à Agência Financeira.
De acordo com Sampaio Nunes, há «desinformação» sobre o tema e é por isso que não se avança.
«O nuclear é absolutamente indispensável. É preciso começar-se a discutir este assunto rapidamente», acrescentou, sublinhando que esta é uma das soluções para Portugal se tornar auto-suficiente no que toca à energia.
Para o antigo secretário de estado da Ciência, o nuclear não faz parte da agenda do Governo porque foi uma questão «não debatida no período eleitoral». «Era preciso um debate interno prévio e há divergências dentro de todos os partidos. É controverso por falta de informação», comentou à AF.
O responsável sustenta que agora é preciso «deixar espaço para o debate técnico e que em Outubro, quando se apurar o montante do défice tarifário existente, o nuclear pode surgir como alternativa.
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