O presidente do Tribunal de Contas elogiou esta sexta-feira o facto do Governo tem recebido de forma positiva as recomendações dos juízes.

No entanto, Guilherme de Oliveira Martins referiu que tem de continuar a haver «a exigência de rigor»

TC quer observatório para travar derrapagens

«Não nos podemos resignar ao fatalismo das derrapagens e da indisciplina orçamental», acrescentou o ex-ministro das Finanças do Governo de António Guterres sobre as obras pagas pelo Estado.

Procura pelo rigor orçamental notada



Já sobre qual devia ser a composição do observatório para controlar os gastos que recomenda, Oliveira Martins referiu que «esse aspecto não é, propositadamente, tratado no relatório» que analisou cinco grandes empreitadas públicas, e que concluiu haver um desvio de 241 milhões de euros em cinco empreitadas de referência (obras do túnel do Rossio e do Terreiro do Paço, ponte Europa, expansão do aeroporto Sá Carneiro e construção da Casa da Música).

Ainda sobre a evolução das derrapagens nas obras públicas durante os últimos anos, Oliveira Martins sublinhou que «o facto de ter havido, nos últimos anos, uma tendência para o rigor financeiro e orçamental, tem sido notado pelo Tribunal de Contas».