Dormidas em hotéis caem 14% e só motéis contrariam crise

Os estabelecimentos hoteleiros registaram em Fevereiro um total de 1,9 milhões de dormidas, o que representa uma quebra homóloga de 14,3 por cento. O decréscimo, segundo as contas do Instituto Nacional de Estatística (INE) é particularmente acentuado entre os não residentes, com uma quebra de 19,4%, enquanto os residentes apresentaram um decréscimo de 3,8%.

Os proveitos totais atingiram 84,4 milhões de euros e os de aposento 53,9 milhões, ambos equivalendo a variações homólogas negativas na ordem dos 20%. O rendimento médio por quarto foi de 17,1 euros, equivalendo a uma variação homóloga negativa de 22%.

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«Os resultados do mês de Fevereiro acentuam a evolução negativa que se tem vindo a verificar nos últimos meses, com os estabelecimentos hoteleiros a registarem 726 mil hóspedes», justifica o INE. Mas há uma excepção: o único tipo de estabelecimento hoteleiro que está a crescer em todas as tipologias são os motéis, que apresentam um crescimento nas dormidas de 15%.

Os hotéis, que representaram quase 60% do total de dormidas, continuam a evidenciar uma acentuada redução, ligeiramente superior à observada para o total nacional.

A taxa de ocupação por cama atingiu os 26,6%, inferior em 4,9 pontos percentuais à verificada no período homólogo.

Só Açores e Alentejo crescem ligeiramente

As quebras foram maiores em Lisboa, com um recuo de 18,9%, Madeira (menos 18,4%) e Algarve (menos 16,4%). Apenas o Alentejo e os Açores apresentaram resultados positivos, ainda que ligeiros: mais 1,4% e 0,4%, respectivamente.

Em Lisboa, observou-se um desempenho negativo do mercado italiano com uma quebra homóloga de 26% nas dormidas. Nesta região, verificou-se igualmente uma redução da estada média dos italianos, que passaram para 2,3 noites em Fevereiro de 2009 face às 2,5 noites em igual período de 2008.

Quanto ao mercado britânico, que revelou preferência pelas regiões do Algarve (54% do total de dormidas de britânicos) e da Madeira (36,2%), apresenta resultados negativos em ambas as regiões, com uma descida de 26,7% e 22,2%, respectivamente. No entanto, a estada média aumentou para 6,6 noites em ambas as regiões (em Fevereiro de 2008 registaram-se estadas médias de 6,4 noites no Algarve e 6,2 na Madeira).