As declarações deste responsável foram feitas no passado dia 22 durante uma sessão de esclarecimento sobre o troço compreendido entre Lisboa e o Norte do concelho de Vila Franca de Xira, que está em avaliação de impacte ambiental até 12 de Dezembro. O responsável da Rave adiantou que a construção da linha de alta velocidade entre Lisboa e o Porto deverá envolver um investimento de 4,5 mil milhões de euros, devendo entrar ao serviço em 2015, avança o «Público».
Carlos Fernandes salientou que as quatro linhas previstas na rede nacional de TGV foram consideradas entre as 30 mais prioritárias da Europa comunitária e poderão beneficiar de fundos europeus até 1,4 mil milhões de euros, que deverão ser gastos até 2013.
O administrador da Rave acrescentou que os estudos feitos pela empresa já apontaram para cerca de 1.000 quilómetros de alternativas de rede, que já estiveram, estão ou vão estar em breve em avaliação de impacte ambiental.
Segundo o mesmo jornal, «hoje a Linha do Norte é a mais importante do país, faz ligação entre todas as outras linhas, mas encontra-se no limite da sua capacidade. Temos 600 circulações de comboios diariamente na Linha do Norte. Temos comboios, como os alfas, que circulam a 220 quilómetros por hora e comboios de mercadorias a circular na mesma linha», vincou, frisando que esta realidade gera bloqueios e prejuízos económicos e que, por isso, a construção da linha de TGV entre Lisboa e o Porto é necessária «desesperada e urgentemente» para criar uma alternativa à Linha do Norte (LN), absorvendo as ligações de alta velocidade e libertando capacidade na LN para mais suburbanos e mais comboios de mercadorias.
RELACIONADOS
RAVE: «sugestões da Câmara são viáveis e não representam nenhum drama»
CP admite interesse na alta velocidade
TGV: BEI defende importância do projecto para Portugal
CGD e BEI assinam acordo para financiamento de 40 mil milhões
Patrões: só grandes obras públicas devem avançar
Belmiro, Salgueiro e Borges discordam de grandes obras públicas
Murteira Nabo diz que novo aeroporto e TGV são mais precisos agora
Calendário de aeroporto e TGV mantém-se mesmo com crise