Jürgen Klopp não escondeu a enorme desilusão depois do desaire em casa diante do Chelsea (0-1) que atirou o ainda campeão inglês para o sétimo lugar da Premier League. Foi a quinta derrota consecutiva em Anfiled, o que nunca tinha acontecido na história do «gigante» inglês que parece ter perdido a «magia» da temporada passada.

Um golo solitário de Mason Mount lançou o Chelsea para o apetecido quarto lugar e deixou o rival direto a quatro pontos, ainda para trás do Everton e do West Ham na classificação. A qualificação para a Liga dos Campeões começa a ser uma miragem. «É uma enorme desilusão. Ainda nada está decidido, mas nem podemos falar disso, quando perdemos tantos jogos, não temos o direito de ir à Liga dos Campeões», desabafou o líder alemão no final do jogo de quinta-feira.

Klopp diz que a única solução para contornar a crise é voltar a vencer, mas assume que, diante do Chelsea, a equipa esteve longe disso. «Temos de ganhar jogos de futebol e vamos trabalhar sobre isso, mas para esta noite não foi suficiente», atirou, assumindo total responsabilidade sobre o momento da equipa que, frente à equipa de Stamford Bridge, só conseguiu um remate enquadrado aos 85 minutos.

O Liverpool já soma mais de dez horas de jogo em Anfield sem marcar um único golo onde somou apenas um ponto dos últimos 21 possíveis. Pior do que isso, desde o Natal, o campeão inglês marcou apenas dois golos em casa e um deles foi de penálti.

Depois de uma sequência impressionante de quatro anos sem derrotas em casa, em jogos da Premier League, Klopp perdeu mais jogos em Anfield nas últimas quatro semanas do que nos cinco anos anteriores.

«Foi um jogo intenso, um jogo equilibrado, com um momento decidido com a qualidade do Mason. Não aproveitámos as nossas oportunidades. É isso que explica o resultado desta noite. Estou a tentar ser o mais honesto possível, disse aos rapazes o que vi esta noite. Não vamos à procura de qualquer tipo de desculpas sobre este momento», comentou.

Para o treinador alemão, a equipa tem de recuperar o instinto de vencedor. «Estes jogos são decididos por momentos e para a aproveitares esses momentos tens de lutar, às vezes a um nível superior. Não tem a ver com táticas, tem a ver com ser resiliente e ter mais coração. Não vamos culpar as circunstâncias. Há apenas uma pessoa a apontar o dedo. Sou eu e somos nós». Foi isso que disse aos rapazes», acrescentou ainda.