Depois da praça nacional inverter por momentos o sentimento negativo que a marcou esta manhã, o cenário vermelho já regressou. Isto mesmo depois de vários bancos centrais de todo o mundo terem anunciado um corte nas respectivas taxas de juro de referência numa acção concertada para tentar travar a crise financeira.

O Banco Central Europeu (BCE) foi um desses bancos, e reduziu a taxa de referência para a Zona Euro em 50 pontos base, ou seja, dos 4,25% para os 3,75%.

Em Lisboa, o PSI20 cai já 1,90 por cento para os 6.739,84 pontos, com apenas três acções a negociarem no verde. Na restante Europa, o sentimento continua negativo. A praça alemã está a perder 5,60%, a francesa 2,91%, a espanhola 2,04% e a inglesa 4,51%. Recorde-se que as praças do velho continente já negociaram em mínimos de pelo menos três anos, com os investidores a recearem uma recessão mundial. A bolsa francesa e Russa chegaram mesmo a ser suspensas durante esta manhã.

Na Ásia, os mercados encerraram uma vez mais a cair, tendo as perdas chegado a ser superiores a 9%. O Nikkei japonês recuou 9,38% e o Hang Seng de Hong Kong 3,66%.

EDP e BCP ajudam bolsa

A ajudar aos ganhos estão as acções da EDP que avançam uns ligeiros 0,04% para os 2,43 euros e as do BES que trepam 1,88% para os 8,10 euros.

A ganhar está, ainda, o BCP que progride 0,98% para os 1,02 euros e a Sonae SGPS que soma 6,27% para os 0,45 euros. No entanto, a liderar as subidas está a Brisa que valoriza 7,95% para os 6,27 euros.

A impedir a bolsa de maiores ganhos está a Portugal Telecom que cai 2,62% para os 6,30 euros e a Galp Energia que cede 2,63% para os 9,04 euros. Recorde-se que a posição dominante da petrolífera será analisada na investigação aprofundada ao mercado dos combustíveis, que arranca hoje na Autoridade da Concorrência.

Cartão vermelho para os títulos da Mota-Engil e da Teixeira Duarte que recuam 4,65% e 1,12%, respectivamente. As empresas estão a ser penalizadas pelas notícias de que o sector está com dificuldades em conseguir financiamento para concorrer às grandes obras públicas.



Nota negativa ainda para a Sonaecom que cede 5,40% para os 1,41 euros.