Estão reunidas as condições para mais um dia de tempestade nas bolsas europeias, Lisboa incluída. Depois de uma sessão negra nos mercados asiáticos, os ventos vindos de Leste arrastaram o pessimismo aos mercados do Velho Continente, onde as perdas chegam aos 5%.

Em Lisboa, o PSI20 segue a perde 4,43% para 6.566,43 pontos, com as 20 empresas a negociarem em terreno negativo.

A liderar as quedas estão as construtoras Mota-Engil e Teixeira Duarte, com descidas de 9,65% para 2,33 euros e 9,21% para 0,80 euros, respectivamente. As empresas estão a ser penalizadas pelas notícias de que o sector está com dificuldades em conseguir financiamento para concorrer às grandes obras públicas.

Também em forte queda estão as acções da Sonae SGPS, que cede 7,2% para 0,39 cêntimos.

Enrgia negativa é o que não falta na praça nacional, com a REN e a EDP Renováveis a registarem perdas de cerca de 7%, para 2,26 e 4,41 euros, respectivamente. No mesmo sector, a Galp Energia, cuja posição dominante será analisada na investigação aprofundada ao mercado dos combustíveis, que arranca hoje na Autoridade da Concorrência, segue também a perder 6,84% para 8,65 euros. Já a EDP cai 5,8% para 2,23 euros.

Nas telecomunicações, não há melhores notícias, a PT recua 2,1% para 6,33 euros e a Sonaecom 6% para 1,41 euros. A Zon também desliza 6,27% para 4,15 euros.

Na banca, o sector que tem sido mais castigado por esta turbulência financeira, o BCP cede 3,35% para 0,98 euros, o BES cai 4,15% para 7,62 euros, e o BPI recua 5,18% para 1,83 euros.

No resto da Europa, o sentimento é igualmente pessimista. A praça alemã está em baixa de 3,61%, a francesa de 4,54%, a espanhola de 4,17% e a inglesa de 2,10%.

Na Ásia, o Nikkei japonês recuou 9,38% e o Hang Seng de Hong Kong 3,66%.