Foi um xeque-mate à pantera que valeu ao Rio Ave a saída do último lugar e o regresso às vitórias nove jogos depois. Em sentido contrário está o Boavista, que somou o quarto encontro seguido sem vencer. Ronaldo, não o CR7, mas o Fábio, abriu o marcador e Boateng, no recomeço do segundo tempo, marcou o segundo, vantagem que os rioavistas seguraram com unhas e dentes até ao final.  

Num jogo mal jogado e com poucos motivos de interesse, sobrou a vitória importantíssima para o coletivo de Vila do Conde, que já pode respirar fora de linha d’água. A partida não terminou sem um festival de cartões vermelhos para o banco dos boavisteiros, um deles para Petit.

Treinadores pouco mexem

Luís Freire, apesar do desaire, apostou no mesmo onze que defrontou o Farense. Já Petit, depois da derrota no Bessa com o Sporting, fez apenas uma alteração na equipa. O técnico dos axadrezados mexeu no lado esquerdo da defesa, deixando no banco de suplentes Filipe Ferreira e lançando Bruno Onyemaechi.

O início da partida foi equilibrado e algo quezilento. Salvador Agra era assobiado pelos adeptos sempre que tocava na bola e o jogo tinha constantes paragens. Ainda assim, via-se um Boavista com mais iniciativa e a tentar chegar à baliza contrária. O primeiro aviso chegou de longe, com um remate do meio da rua de Reisinho, que passou rente ao poste.

Do outro lado, Fábio Ronaldo entrava na área e pedia grande penalidade, contudo acabou por levar um cartão amarelo por simulação. Jogava-se muito a meio-campo e as aproximações às balizas eram raras. Ainda assim, o golo acabou por aparecer para os da casa. Costinha cruzou da direita e Fábio Ronaldo a subir ao terceiro piso e a cabecear para golo.

Os axadrezados sentiram o golo e demoraram a reagir. Aproveitou o emblema de Vila do Conde para chegar à área contrária, mas sem criar real perigo. O descanso chegava depois de uma primeira parte fraca e com a vantagem magra dos vilacondenses.

O golo que valeu e o que não valeu

No reatamento, se a intenção da pantera era chegar ao empate, o tiro saiu pela culatra. A defensiva axadrezada perdeu o esférico na construção, Boateng ficou com o esférico, entregou a André Pereira que rematou para grande defesa de João Gonçalves. Na recarga, o mesmo Boateng estava no sítio certo para empurrar para golo. Os rioavistas ganhavam uma vantagem confortável para a segunda metade.

Petit mexeu e trocou Masa por Dos Santos, jogador que trouxe maior acutilância ofensiva ao lado direito. Pouco depois, o Boavista ia colocar o esférico no fundo das redes, mas o lance acabou anulado. Tiago Morais, com uma excelente jogada individual, entrou na área pelo lado direito e rematou em arco para golo. Contudo, alertado pelo VAR, Cláudio Pereira foi ao vídeo e acabou por anular a jogada. Tiago Morais terá beneficiado da posição de fora de jogo antes de marcar.

Apesar dos protestos axadrezados, o jogo prosseguiu. Os treinadores começaram a refrescar as equipas para, na reta final, tentar algo diferente, no caso das panteras, ou segurar a preciosa vantagem, no lado dos rioavistas. Acabara por levar as melhor os locais, que tiveram raça e crença para segurar os três preciosos pontos. No final, grande festa dos adeptos vilacondenses, vibrando com a equipa!

Veja os melhores momentos da partida: