Ora viro eu, ora viras tu. Foi de cambalhota em cambalhota que o Farense venceu em Vila do Conde o Rio Ave. Um autêntico carrossel de emoções e no marcador, com vários loops dignos de deixar qualquer cabeça a andar à roda.

Os algarvios entraram a vencer, os vilacondenses deram a volta, permitiram o empate, mas voltaram para a frente do marcador. Quando já se pensava que o vencedor estava encontrado, os leões de Faro empataram e voltaram a virar o jogo a seu favor, conquistando os três pontos.

Ressaca da Taça

Depois da eliminação prematura das duas equipas na Taça de Portugal, os dois técnicos fizeram algumas alterações nos onzes. Luís Freire mudou três: saíram Hernâni, Ruiz e João Graça e entraram André Pereira, Boateng e Guga. Já José Mota protagonizou uma mudança maior, com seis novas caras.  Ricardo Velho, Delgado, Matheus Oliveira, Belloumi, Marco Matias e Bruno Duarte renderam Luiz Felipe, Pastor, Cáseres, Rui Costa, Cristian e Zé Luís.

Os algarvios entraram praticamente a marcar. Marco Matias ganhou em velocidade pela esquerda e cruzou para a entrada, ao segundo poste, de Belloumi para golo. Numa primeira fase o assistente assinalou fora de joga, mas o VAR validou. Os rioavistas tentaram pegar no jogo, mas está no ADN dos leões de Faro dar iniciativa ao adversário e jogar em contra-ataque. Por isso, não foi de estranhar que, no contragolpe, os algarvios voltassem a criar perigo. Desta feita, foi Bruno Duarte a acertar em cheio no poste. Pouco depois da meia hora, foi Matheus Oliveira a aparecer solto na área e a cabecear ao lado.

Na resposta, o Rio Ave chegou ao empate. Fábio Ronaldo rematou, já na área, à meia-volta e Artur Jorge, ao tentar cortar, acabou por marcar na própria baliza. Acreditavam o rioavistas que era possível fazer a viragem e conseguiram muito perto do intervalo. Após canto, Boateng cabeceou à trave e, na recarga, André Pereira cabeceou para golo. Grandes festejos vilacondenses, com Luís Freire a ir abraçar os adeptos. No entanto, já nos descontos, o Farense voltou a chegar ao empate. Marco Matias bateu o canto à direita e Bruno Duarte, ao primeiro poste, a marcar.

Final de loucos

Na etapa complementar a toada de jogo manteve-se com o Rio Ave a assumir o jogo e o Farense na expetativa. Depois de um primeiro aviso de André Pereira, que disparou rente à trave de fora da área, os vilacondenses iriam chegar à vantagem. Costinha entrou na área e foi rasteirado por Artur Jorge. Tiago Martins não teve dúvidas e apontou para a marca do castigo máximo. Chamado à conversão, o lateral enganou Ricardo Velho e fez o terceiro.

José Mota reagiu e lançou Zé Luís, Rui Costa e Elves Baldé para o ataque. O treinador da equipa de Vila do Conde também começou a refrescar a dianteira para não perder acutilância ofensiva. O Farense tentava pegar no jogo, mas do outro lado estava uma equipa muito bem organizada e bastante aguerrida. O tempo foi passando e os algarvios não conseguiam criar perigo junto da baliza rioavista. Tudo parecia encaminhado para o regresso às vitórias do Rio Ave.

Contudo, os leões de Faro deitaram as garras de fora e mostraram que tinham outros planos para o jogo. Marco Matias deu o primeiro aviso, obrigando Jhonatan defender para canto. Na sequência, Cláudio Falcão apareceu ao primeiro poste a cabecear para o fundo das redes, com um golo a papel químico do segundo. Pouco depois, cruzamento para a área vilacondense, Costinha fez um corte defeituoso que foi parar aos pés de Rui Costa, que não perdoou. Nova Cambalhota algarvia e três pontos assegurados.