O empate – justo, diga-se – em Vila do Conde deixou os aflitos Rio Ave e Estoril… ainda aflitos. Com mais medo de perder do que apostar para ganhar, a primeira parte foi enfadonha. Os vilacondenses marcaram no reatamento, mas só na reta final é que o jogo animou.

Aí, a formação canarinha conseguiu chegar à igualdade e esteve sempre mais perto de chegar à vantagem. No final, a divisão de pontos manteve a turma rioavista na zona de playoff, enquanto os canarinhos ficam um lugar acima, a salvo da descida.

Treinadores fazem muitas alterações

Os treinadores fizeram muitas alterações desde a última partida. Luís Freire, que já jogou há semana e meia em Chaves, mudou quatro: saíram Pantalon, Miguel Nóbrega, Guga e Ruiz e entraram Santos, Patrick, Joca e Aziz! Já Vasco Seabra, que no último sábado perdeu, diante do Sp. Braga a Taça da Liga, trocou cinco peças do onze. Dani Figueira, Pedro Álvaro, Wagner Pina, Koindredi e Cassiano deram lugar a Marcelo Carné, Volnei, Rodrigo Gomes, Mor Ndiayr e Marqués.

A primeira metade foi enfadonha, quebrada aqui e ali por alguns lances de perigo. As equipas mastigavam o jogo no miolo de terreno e tentavam explorar, constantemente, as costas das defesas. Rodrigo Gomes foi o primeiro a quebrar a monotonia com um remate à entrada da área para defesa de Jhonatan. Pouco depois, Marqués apareceu solto na área, descaído para a esquerda, mas o remate saiu torto.

Ainda assim, a melhor ocasião do primeiro tempo pertenceu aos locais. Aziz com um passe de rutura colocou Boateng na cara do golo, mas o ganês rematou para as nuvens. Ainda antes do descanso, Costinha foi à linha de fundo cruzar atrasado para mais um remate por alto, desta feita atirado por Aziz. Chegava o descanso que as duas formações estavam a precisar.

Finalmente os golos e animação

Os técnicos não mexeram em tempo de intervalo e a toada de jogo manteve-se. Contudo, o Rio Ave acabou por se adiantar no marcador, dez minutos após o reatamento. Patrick William, de livre, disparou uma bomba à figura de Marcelo Carné, mas o guardião não segurou o esférico e, na recarga, Boateng apareceu a faturar. O guarda-redes brasileiro a ficar mal na fotografia.

Vasco Seabra mexeu na equipa de imediato, tirando Mateus Fernandes e João Marques, muito apagados, e lançando Michel e Heriberto. Luís Freire respondeu na mesma moeda e fez também ele duas alterações – saíram Patrick e Joca e entraram Pantalon e João Teixeira. O jogo baixou de ritmo e só animou na ponta final, depois de todas as alterações feitas.

O Estoril começou a subir no terreno e a chegar com perigo junto da baliza de Jhonatan. Rodrigo Gomes, com um remate em arco, atirou a rasar o poste. Logo depois, o empate chegou mesmo. Triangulação e assistência de Rafik Guitane e Heriberto, já de ângulo apertado, a atirar para o fundo das redes. Os rioavistas sentiram o golo e a turma canarinha aproveitou para carregar e o triunfo só não chegou por graça de Aderlan Santos. Rodrigo Gomes entrou em slalon na área e ofereceu o golo a João Carlos, que viu o capitão dos vilacondenses a tirar o tento em cima da linha.

Apito final e divisão de pontos que deixa estorilistas mais satisfeitos dos que rioavistas.