Luís Freire, treinador do Rio Ave, em conferência de imprensa, depois do empate diante do Marítimo (2-2), no Estádio dos Barreiros, em jogo da 31.ª jornada da Liga:

- O jogo tinha particularidades muito difíceis e complexas para nós, porque nós vínhamos de uma vitória contra o Arouca, mas sabíamos que o Marítimo em casa ganhou ao Estoril, Santa Clara, Paços de Ferreira, Sporting, Boavista, portanto uma equipa que normalmente está a conseguir ganhar os seus jogos em casa - fora é que está com mais dificuldades - e apoiada quase sempre por cerca de dez mil pessoas. Portanto, é um ambiente difícil. 

- Nós também tivemos de fazer algumas alterações [no onze inicial], com menos três jogadores que jogaram no último jogo, mas com uma boa resposta de quem entrou. A entrada do Marítimo foi forte, tentaram condicionar-nos com os extremos e demorámos a passar a mensagem para a equipa.

- O Marítimo podia estar a ganhar aos 12, 13, 14 minutos. Teve oportunidades para fazer golo. Mas nós, a partir do momento que conseguimos passar a mensagem à nossa equipa, começámos a soltar mais o nosso jogo e fomos eficazes. Fizemos dois golos mas o jogo foi sempre difícil para nós. O Marítimo teve sempre uma intensidade grande, com jogadores com muita qualidade na frente, com muitas soluções individuais, com jogadores fortes no um-para-um. Sofremos o 2-1 à beira do intervalo e ficou tudo em aberto.  

- O Marítimo tinha que arriscar e tem muitas soluções na frente para continuar a arriscar. Nós tivemos de refrescar a equipa logo no início [da segunda parte], pois acusámos algum cansaço. Estamos no final da época e a equipa está carregada de minutos. Relembro que não fomos ao mercado em janeiro e ainda perdemos dois jogadores, e o Marítimo foi buscar oito.

- Portanto, acabamos por pagar com grande esforço da equipa na procura do melhor resultado possível, com o Marítimo sempre a carregar, com muitos cruzamentos, muita bola na área, remates exteriores, muitos cantos, e com um apoio do público incrível, e sofremos o 2-2. O Marítimo foi superior naquilo que criou e conseguiu fazer e nós soubemos sofrer e nos sacrificar em prol dos objetivos que era o melhor resultado positivo.