Foi por entre um silêncio sepulcral que a seleção da Grécia virou uma página na sua história. A receção à Roménia, realizada à porta fechada no Pireu, devido a incidentes anteriores com os adeptos, marcou a estreia de Claudio Ranieri como sucessor de Fernando Santos. Na primeira vez em dez anos que a seleção da Grécia fez um jogo oficial sem qualquer campeão da Europa de 2004 na ficha de jogo, bem pode dizer-se que o corte foi doloroso, com a derrota por 0-1 diante da Roménia.

Com o benfiquista Samaris a titular no meio-campo (substituído aos 65 minutos) – e Karnezis, que chegou a estar a um passo de rumar à Luz, na baliza - os gregos entraram praticamente a perder, com um erro de Holebas, a originar uma grande penalidade que Marica não desperdiçou (10 minutos). Um início desastroso, acentuado pelos amarelos a Samaris, Manolas e Torosidis, ainda na primeira parte, que aumentaram o desnorte da equipa grega.

Na segunda parte, os gregos montaram o cerco à baliza de Tatarusanu, ainda mais depois da expulsão de Marica por duplo amarelo (53 minutos). Mas o marcador não voltou a sofrer ateração, confirmando a tendência neste grupo F, em que todos os visitantes sairam vencedores: ao princípio da tarde tinha sido a Irlanda do Norte a causar surpresa na Hungria (1-2), e já à noite, a Finlândia deu a volta a um golo madrugador das Ilhas Faroe, em Torshavn, e saltou para a liderança do grupo, graças ao bis de Riskki (53 e 78 minutos) e ao golo de Eremenko (82).