Roberto Martínez fez uma convocatória alargada de 32 jogadores para os próximos jogos de preparação com a Suécia e com a Eslovénia, mas não vai necessariamente trabalhar com todos ao mesmo tempo. A ideia passa por dividir os convocados em três grupos destintos.

«O formato é um formato para março. É um período muito difícil para os jogadores, há muitos jogos, muita fadiga mental e precisamos de lidar com isso. Há três grupos. Jogadores que podem participar nos dois jogos, depois um grupo para o primeiro jogo e um grupo para o segundo jogo. Tem tudo a ver com os minutos, com a situação de cada jogador, do que fizeram na fase de apuramento. E também de acordo com o que queremos trabalhar taticamente», começou por explicar.

Na segunda-feira, por exemplo, o selecionador vai anunciar uma lista reduzida de 23 a 24 jogadores para o primeiro jogo com a Suécia, deixando cerca de uma dezena de fora para o segundo jogo com a Eslovénia.

«Na segunda-feira vamos dar a lista de 23/24 jogadores para o primeiro jogo. Agora os jogadores ainda têm jogos no fim de semana, todos têm compromissos com os clubes. Mas o formato é claro. São três grupos, com o foco de trabalhar a qualidade e dar oportunidade de evitar a fadiga mental», prosseguiu.

Uma lista alargada que terá depois de ser forçosamente reduzida para a fase final em que estarão apenas 24 jogadores. «Temos essa oportunidade, que a UEFA possa aumentar a lista. No Mundial foram 26. Acho que, falo pelos treinadores, todos gostariam de ter 25 ou 26 jogadores. Acho que em abril temos esse workshop, onde poderemos falar disso. Há jogadores que agora não estarão no estágio de março, como o Diogo Jota, o Ricardo Horta, o Pedro Neto... Têm um período para recuperar e voltarem aos relvados, para que depois possamos avaliar antes da lista final», comentou.

O selecionador já tem algumas certezas, mas, para já, entre todos os setores da seleção, destaca a polivalência de vários jogadores que lhe permitem ter muitas opções para várias posições.

«Os sistemas de jogo de hoje são trabalhados de forma diferente. As ligações são diferentes. Trabalhamos para ter uma equipa equilibrada e nós temos muitas opções para executar conceitos táticos diferentes. Isso é muito bom para um treinador. Podemos jogar com bola, sem bola, ser muito fortes nas transições. Não se trata de uma avaliação das posições no relvado, acho que temos um plantel muito equilibrado», destacou ainda.