Momento do jogo: o primeiro golo de Mané

Foi logo aos quinze minutos de jogo, mas foi um lance em que a seleção portuguesa exibiu todas as suas capacidades para criar desequilíbrios diante de um adversário fechado. Passe longo de Edgar Ié, desvio de cabeça de João Carvalho, já na área, e toque subtil de Mané a tirar a bola do caminho de Zima. Estava aberto o caminho para mais uma vitória dos pupilos de Rui Jorge.

Figura: Fernando «saiam da frente» Fonseca

É raro destacar um lateral neste tipod e jogos, mas a verdade é que o defesa do FC Porto B esteve em grande nível no corredor direito e deu um contributo decisivo para o resultado, com uma assistência para o segundo golo de Carlos Mané e ao arrancar a grande penalidade que penalidade que permitiu a Bruno Fernandes fazer o terceiro. Uma exibição personalizada, com o lateral a percorrer todo o flanco e a permitir que Podence pisasse terrenos mais interiores.

Outros destaques: confira a FICHA DO JOGO

Carlos Mané

Foi a principal referência do ataque português na primeira parte e correspondeu com dois golos. Procurou corresponder ao «carrocel» dos companheiros, com constantes movimentações, à procura de espaço para finalizar. Faltou-lhe um pouco de mais convicção na hora do remate [nos dois golos teve de ir ajudar a empurrar a bola a passar a linha fatal], mas conseguiu trazer para a seleção as boas exibições que tem realizado no Estugarda, no segundo escalão do futebol alemão.

Bruno Fernandes

Jogou entre Podence e Bruma, nas costas de Carlos Mané e foi o grande responsável pela dinâmica que Portugal exibiu na primeira parte, destacando-se como o «pivot» do ataque português, sempre a criar linhs de passe e a abrir espaços na defesa contrária. Boa exibição.

Bruma

Já não é o Bruma impulsivo que estávamos habituados a ver. Nesta equipa de Rui Jorge o avançado do Galatasaray está bem mais disciplinado, a trabalhar para o coletivo, como se viu nas constantes combinações com Bruno Fernandes e Carlos Mané.

Edgar Ié e Tobias Figueiredo

Bom acerto entre os centrais portugueses tanto nos lances aéreos, como pela bola pelo chão, saindo muitas vezes a jogar e a dar a origem a rápidos ataques. Destaque para o passe longo de Ié no primeiro golo de Portugal.

Rui Jorge

O grande destaque desta seleção de sub-21 é mesmo o coletivo e isso é mérito do selecionador que, mesmo com mudanças radicais na matéria-prima, como se viu recentemente nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, vai montando onzes competitivos, como se viu esta tarde na primeira parte.