A FESAP - Frente Sindical da Administração Pública (UGT), o STE - Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (UGT) e a Frente Comum de Sindicatos da Função Pública (CGTP-IN) vão avançar para um Greve da Função Pública, com duração de 24 horas, a 30 de Novembro. Uma medida de protesto pela forma como têm decorrido as negociações salariais para 2008.

«O Governo tem respostas intransigentes e isso é inadmissível. É necessário que alguém bata o pé e que diga que isto não pode continuar», começou por referir Ana Avoila, da Frente Comum, assegurando que o facto da greve realizar-se a uma sexta «não é oportunismo».

«O que interessa é passar a mensagem aos trabalhadores que é preciso estar em greve, dando uma resposta clara à intransigência do governo. É preciso saber se quer ou negociar», vincou.

Jorge Nobre dos Santos, da FESAP, assumiu posição similar. «Espera-se que a adesão seja massiva. Tudo faremos para que os trabalhadores se manifestem, pois ninguém pode ficar indiferente à situação dos trabalhadores da função pública», referiu, esclarecendo que os sindicatos nunca fecharam portas: «Estivemos sempre prontos a negociar, a todos os níveis. Quem não tem querido negociar é o Governo. Esperamos que o Governo responda às nossas posições».

Por último, Bettencourt Picanço (STE), deixou bem vincada a posição do seu sindicato: «O comportamento não negocial do Governo deixou-nos espantados, numa época em que Portugal assume a presidência europeia. A nossa intenção é primeiro lugar negociar, depois chegar a acordo para que os serviços públicos sirvam melhor os portugueses.

Se nada se fizer o caminho será pior para cada um de nós. Não podemos demitir a cidadania que nos calha».