O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Fernando Ruas, disse esta quinta-feira à compreender a necessidade de «medidas para agradar aos cidadãos», mas discorda da baixa do Imposto Municipal de Imóveis (IMI) anunciada pelo primeiro-ministro, escreve a «Lusa».

«Achamos normal, até desejável, que se tomem medidas para agradar aos cidadãos, mas o que não percebemos é porque razão se faz uma redução com dinheiro alheio», afirmou o responsável.

O primeiro-ministro anunciou esta quarta-feira, em entrevista à «RTP», que vai propor ao parlamento medidas concretas para travar o aumento do IMI.

Sócrates, durante a entrevista, lamentou o recente aumento de 15% nos valores máximos do IMI e destacou que, para a nova solução, conta ter a compreensão das autarquias.

Já Fernando Ruas disse não entender o motivo por detrás da intervenção do Governo e que se podem encontrar outras medidas que não interferem no «dinheiro dos outros».

«Não percebemos porque razão o Governo não resolveu mexer no seu dinheiro. Podem ter uma série de medidas, como por exemplo, mexer directamente no IRS ou no Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) e que não implica alterarem o IMI», rematou.