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Mérito do Braga, claro. Muito mérito de Domingos, aliás. A vitória sobre o Leixões foi limpinha, porventura escassa, demasiado perigosa até um certo ponto, mas limpinha, como se disse, e audaz na origem. Audaz na forma como o treinador pensa o jogo, na forma como o reinventa e reinventa também a equipa.
O recuo de Alan para uma posição ligeiramente mais atrasada, por exemplo, mudou tudo. O brasileiro parece ter maiores obrigações de cobertura e uma preocupação mais defensiva, mas é só teoricamente, porque na prática permite-lhe surgir esquivo na zona de finalização e criar situações de superioridade numérica.
Foi a partir daí aliás que esse mesmo Alan marcou dois golos à ponta-de-lança, sempre com o mesmo movimento rápido, a fugir às marcações no espaço entre o central e o lateral, para surpreender os adversários e criar mais uma alternativa de remate. Madrid e Filipe Oliveira colocaram-lhe a bola, o brasileiro fez a vitória.
Foi só um susto, vá lá
É justo dizer que a boa exibição do Sp. Braga também foi provocada pela ausência de oposição. O Leixões é uma equipa frágil, muito frágil, sem talento para atacar, nem tão pouco ambições para o fazer com talento. Na primeira parte viveu da velocidade de Zé Manuel, na segunda das bolas longas para Pouga e João Paulo.
Pelo meio marcou um golo caído do céu aos trambolhões, numa saída em falso de Eduardo que permitiu a Pouga o desvio de sucesso. Por essa altura motivou-se e chegou a lançar algum receio em Braga. Nunca ameaçou verdadeiramente a vitória adversária, mas conseguiu lançar alguma apreensão na equipa bracarense.
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Pelo menos durante umas dezenas de minutos. Moisés fez o terceiro golo e repôs a justiça mínima no resultado. O Sp. Braga foi sempre melhor, criou oportunidades de golos com uma cadência interessante, dominou completamente o jogo e ganhou com toda a naturalidade do mundo. Está aí para a luta. Até ao fim, claro.
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