O Sp. Braga está determinado em vencer este sábado o vizinho Vitória de Guimarães, na Pedreira (20h30), de forma a poder encurtar distâncias para quem está à frente, referiu o treinador Artur Jorge na antevisão do dérbi minhoto da 16.ª jornada da Liga.

Dois rivais separados por apenas três pontos na classificação e Artur Jorge rejeita qualquer tipo de favoritismo, quer por jogar em casa, mas também pelo ascendente sobre o vizinho nos últimos quinze anos.

«Não acho que possa haver uma comparação com o passado. Nos dérbis não há classificações ou vantagem de jogar em casa ou fora. Estamos merecidamente com mais três pontos e a nossa mentalidade é olhar para o FC Porto [terceiro classificado], com mais dois e o Benfica [segundo], com mais quatro. Queremos encurtar distâncias para quem está à frente sem estarmos muito preocupados com quem está atrás», começou por destacar.

Artur Jorge lembrou o seu passado como jogador e já como treinador nos clássicos minhotos e começou por dizer que a importância de jogar com o Vitória de Guimarães «é igual» a defrontar qualquer outro adversário, notando ainda assim que são jogos «que têm maior impacto na comunicação social e outra visibilidade», mas que, «quando os jogos começam, os jogadores têm o mesmo empenho».

«Percebo a carga emocional do dérbi para os adeptos e para dentro das equipas, mas o nosso pensamento é vencer e dar continuidade ao nosso trabalho. Teremos de ter uma personalidade muito grande e intensidade para sermos superiores», acrescentou.

O treinador dos bracarenses olha para o Vitória de Guimarães, que soma três vitórias e um empate nas últimas quatro rondas, «com respeito pelo que tem feito». «Conhecemos o adversário, como conhecemos todos os adversários. Percebemos os seus pontos mais característicos e mais fortes, assim como as suas fragilidades, e queremos anular a sua forma de jogar para vencer», comentou.

José Fonte está de regresso às opções depois de cumprir um jogo de castigo, em sentido contrário de Niakaté e Banza, este último melhor marcador do campeonato, vão falhar o dérbi por estarem ao serviço das respetivas seleções, Mali e Congo, na Taça das Nações Africanas (CAN2023), que começa a 13 de janeiro, na Costa do Marfim.

«A minha forma de estar é que o importante é termos todos os jogadores disponíveis e, quando não tivermos alguém, temos que nos dar satisfeitos com os que temos e dar oportunidade a outros, esperando que possam retribuir com bons desempenhos e mostrar porque fazem parte do plantel do Sp. Braga», disse.

O espanhol Abel Ruiz deverá ser titular no sábado, no lugar de Banza, sendo que o avançado conta apenas com um golo no campeonato, contra 14 do congolês. «Já conversei com ele, mas não antes deste jogo. Sei da qualidade do Abel Ruiz e sei que, para ele e para nós, está abaixo das expectativas em termos de utilização, o que pode deixar um jogador menos satisfeito. Começou a época a jogar, mas perdeu espaço só para o melhor marcador da I Liga», notou.

O treinador elogiou o internacional o empenho do avançado espanhol. «É um profissional completo, de grande trabalho. Jogue 45, 75 ou cinco minutos, entra para ajudar e acrescentar, e agora vai ter oportunidade de jogar e mostrar todo o valor que tem. É um dos ativos mais fortes que temos», acrescentou.

Álvaro Djaló está recuperado da lesão que o afastou dos dois últimos jogos da e é opção, enquanto Al Musrati, ainda lesionado, continua de fora.