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A pergunta é dura, reconheço.

Em síntese, pergunto se valerá a pena dedicar tempo a tentar explicar o afastamento da Taça de Portugal, em Setúbal. Ou se, pelo contrário, perder fora com uma equipa como o Vitória tem de ser encarado, hoje em dia, como um resultado natural para o Sporting?

Esta época, Paulo Sérgio já perdeu com equipas como Paços de Ferreira e Vitória de Guimarães e empatou com clubes como Olhanense, Nacional e Beira Mar. Na Taça, já tinha sofrido muito para derrubar o Estoril, da Liga de Honra.

Esta época, o Sporting só venceu por dois golos de diferença as duas equipas que ocupam o fundo da tabela da Liga: Portimonense e Naval.

Tudo isto somado, é pouco.

O Sporting cumpriu numa Liga Europa fraca, mas tudo o resto tem sido irregular, fraco, sem brilho e, talvez mais grave, sem o mínimo sinal de que se esteja a construir uma equipa.

Se me perguntam se a culpa é de Paulo Sérgio, respondo que não sei. Honestamente. Não vejo no treinador leonino alguém muito superior a diversos outros nomes possíveis. Mas também não me parece o óbvio ponto fraco.

Hoje em dia o mais grave, repito, é ver a equipa cair na Taça de Portugal em Setúbal e não achar que se trata de um escândalo. O Sporting até podia ter conseguido um resultado diferente, mas mais remate, menos golo, não vale muito mais do que aquilo. E aquilo é de menos para um grande. Aparentemente, no entanto, os adeptos do Sporting já se habituaram.

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