Ruben Amorim, treinador do Sporting, em conferência de imprensa, depois da derrota diante do FC Porto (1-2), no clássico de Alvalade, relativo à 20.ª jornada da Liga:
[Não foi arriscar fazer tantas alterações para um jogo com o FC Porto? Ficou a ideia que estava perdido com as alterações que fez]
- Eu não quero convencer ninguém, sei bem que acabámos de perder com o FC Porto. Os únicos que tenho de convencer são os jogadores, depois os resultados é que convencem os adeptos. Li e fiz o que o jogo pediu Não andei nada perdido. A verdade é que nós nunca fomos dominados pelo FC Porto. Em relação às experiências, o Fatawu já tinha jogado, foi à equipa B para ganhar minutos. O Youssef tem estado bem, o Trincão jogou na posição dele. Não fiz assim tantas experiências. Meti o Chermiti em vez do Paulinho e o Fatawu no lugar e Nuno Santos. Agora sou criticado porque mantive o Youssef. Consigo explicar todas as alterações que foram trabalhadas durante a semana. Não andei nada perdido, andei foi para a frente, depois para trás, consoante aquilo que o jogo pediu. Os resultados é que convencem os adeptos, os jogadores é que têm de ser convencidos por mim.
[Está preocupado com a qualificação para a Champions? Compromete o projeto?]
- Tudo o qque não seja o Sporting ficar em primeiro, preocupa-me muito. O FC Porto e o Benfica estão à nossa frente, o Braga, que não tem a obrigação, está melhor do que nós. Não mudei de discurso, agora estou sempre preocupado. Mas, mesmo sem Champions, o Youssef vai dar jeito no futuro, o Fatawu também.
[O que se passa com Morita? Nem estave no banco…]
- O Morita não esteve apto para este jogo, pode nem estar para o próximo.
[Sente-se com prazo de validade?]
- Não me sinto nada com prazo de validade. Todos os treinadores passam por este momento. Na minha cabeça estou sempre aberto, quando o clube não me quiser, posso sair. Mesmo na melhor altura, tinha clubes que andavam atrás de mim e mantive sempre a mesma atitude. Vamos dar a volta à situação. A quantidade de vezes que já falei sobre o meu lugar. Volto a dizer, se o clube não me quiser, vou embora. Mas enquanto isso não acontece, acho que vamos dar a volta. Podem chamar-me ingénuo, mas é nisto que acredito.
[Quinta derrota consecutiva com o FC Porto. O que tem faltado ao Sporting?]
Não, senti mais quando não perdíamos nos jogos grandes. Agora estamos a perder nos detalhes. Não há muito a dizer, não vou dizer que jogamos melhor porque o que interessa são os resultados. Acredito que no próximo jogo vamos começar uma nova sequência. No meu primeiro ano ganhei os jogos grande todos. Esta noite, um ressalto, 1-0 e o jogo tornou-se muito difícil. Sentimos muito o primeiro golo. Os resultados são o que são, não há nada a esconder, mas acredito que vamos entrar numa dinâmica completamente diferente.