Rúben Amorim assumiu-se lisonjeado pelas declarações de Frederico Varandas, que profetizou que dentro de algum tempo o novo treinador do Sporting será demasiado grande para o futebol português. Ainda assim, o técnico de 35 anos garantiu que isso não lhe muda o estado de espírito.

«Sinto muito orgulho, mas, peço imensa desculpa, não mexem muito comigo. Não tenho ilusões nenhumas e essas palavras passam-me um bocadinho ao lado, com todo o respeito pelo senhor presidente», vincou, referindo que uma sequência de maus resultados pode mudar tudo.

«Os treinadores vivem uma montanha-russa: sei que estou aqui hoje, que ainda não perdi para o campeonato, mas se não ganhar três jogos já sou demasiado pequeno para estar até na primeira divisão. Tenho zero ilusões disso. Temos de provar dia a dia: nós e os jogadores. Estamos preparados para essa exigência», disse na apresentação como novo treinador do Sporting.

Amorim disse que os 10 milhões que o Sporting pagou para o tirar do Sp. Braga também não mexem com ele. «A exigência é sempre igual. Eu tinha o primeiro treino preparado e posso dizer que se tivesse vindo por zero euros ou por 10 milhões, o treino, a exigência e a forma de treinar seriam iguais. Dez milhões era o valor da cláusula. Comecei a rir-me quando a puseram, porque ninguém ia pagar. No fim faremos as contas», apontou.

Antes de Rúben Amorim responder às questões dos jornalistas, o presidente do Sporting disse que a próxima época começava esta quinta-feira, 5 de março. O técnico recusou falar sobre a composição do plantel no próximo ano ou se pretende recuperar jogadores emprestados, com especial destaque para João Palhinha, atualmente no Sp. Braga. «Toda a gente nestes dois meses tem de provar que merece estar no Sporting. Até o treinador. Não prometo o lugar a ninguém, seja da formação ou do plantel atual.»